Igarapé ou igapó?

Na Amazônia, os igarapés (do tupi, caminho de canoa) são os riachos estreitos que serpenteiam as matas levando a água mais pura das nascentes para alimentar lagos e rios. Esses riozinhos transparentes são cheios de vida, berçário de diversas espécies de peixes e anfíbios, além de plantas nativas. As microbacias hidrográficas são redes naturais formadas por diversos igarapés, sendo quase 90% da extensão da bacia alimentada por esses pequenos corpos d’água.

Os igarapés tem água o ano todo e, na floresta, funcionam também como corredores aquáticos ecológicos, pois facilitam a comunicação e fluxo genético entre populações de espécies de animais e vegetais.

Quando os igarapés são degradados ilegalmente, seja por desmatamento de propriedade privada, nova abertura na mata, pisoteados por gado, desviados para irrigação de campos de soja, ou até por obras públicas sem planejamento ou fiscalização, toda a bacia sofre o impacto.

Já as florestas de igapós (do tupi, rio de raízes) são planícies florestais baixas, com plantas específicas (vitória-régia, buriti, bacaba, arbustos, cipós etc), que são inundadas durante a cheia dos rios. Inclusive, o desenvolvimento de algumas espécies depende da cheia, sendo nesse momento que muitas plantas florescem.

Saiba mais:
Igapó: http://bit.ly/31vHsvx
Igarapé: http://bit.ly/2Kq9FOZ
Por que precisamos salvar os pequenos rios” – Nexo Jornal: https://goo.gl/Zbdw75

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