Recife é a 16ª cidade mais ameaçada do mundo pelo avanço do nível do mar e tem sérios desafios pela frente, de acordo com o relatório do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da ONU. A capital pernambucana é a cidade mais baixa do Brasil e situada sobre uma lindíssima planície fluviomarinha repleta de rios, pontes, ilhas, penínsulas e manguezais. A hidrografia característica lhe rendeu a fama de Cidade das Águas ou Veneza Brasileira. É tanta água que os recifenses dizem que “o Rio Capibaribe se encontra com o Rio Beberibe para formar o Oceano Atlântico”!
Com as mudanças climáticas, é urgente começar a adotar soluções de adaptação e proteção das comunidades que subsistem do que vem do estuário, como no Bode, Ilha de Deus, Brasília Teimosa [Zona Sul] e Afogados [Zona Oeste].
Em entrevista ao G1, o professor Marcus Silva, do departamento de oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), alerta: “Os problemas são inúmeros e não se resumem à praia. Teremos problemas de transporte, esgotamento sanitário, tem tudo isso junto. A gente olha Boa Viagem e os prédios são todos voltados para o mar. Somos uma cidade cortada por rios e, neles, todas as construções são de costa para a água. Precisamos pensar nesse convívio compartilhado com a água”.
Saiba mais:
Mar vai ‘engolir’ Recife? Entenda por que cidade é a capital brasileira mais ameaçada pelas mudanças climáticas – G1: https://glo.bo/3B1TuOB
A elevação do nível do mar no Recife debatida no Fórum Internacional Recife Exchange Netherlands (RXN) – UFPE: https://bit.ly/3lUADRf