Tentativas de privatizar a região costeira para empreendimentos como resorts e condomínios de luxo resultam na expulsão dos povos e comunidades que nasceram, cresceram e vivem na zona litorânea, no empobrecimento de moradores e nativos, e na destruição da paisagem histórica, do ecossistema, dos costumes e das tradições locais. Provocam também a corrosão do tecido cultural de um país, o aprofundamento da desigualdade, da injustiça e da discriminação.
Acontece que estamos no Brasil, onde no legislativo temos um congresso vendido para perturbados superricos incapazes de ver um palmo além do umbigo. Juntos e emburrecidos, ameaçam todos os ecossistemas costeiros do país com a PEC 03/2022, acabando com as áreas de defesa e proteção permanente, com mangues, estuários, manguezais e as praias brasileiras. Ah, humanidade, que nossos legisladores estivessem trabalhando para obrigar superpoluidores a limparem as praias que sujam e o planeta que destroem.
Mensagens na garrafa:
— Praia é ponto de encontro para pessoas de todas as gerações e lugares;
— Praia e região costeira são áreas de proteção ambiental, social e cultural;
— Praia é espaço público;
— Praia é território tradicional;
— Praia é ecossistema;
— De natural generosidade, toda praia inclui quem chega, abraça com liberdade e se deixa moldar por todos os volumes e formas que passam;
— Praia é a expansão da profusão, é pedacinho de infinito;
— Praia é cuia de banho de universo e cuia de água do oceano;
— Na praia, pensamentos são costurados ponto a ponto na linha do horizonte, entre ondas, de tempos em tempos;
— Na praia, percebemo-nos separados e juntos, de toda forma, parados girando ao redor do Sol.
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