O climatologista Antonio Nobre nos inspirou a criar este projeto. Em 2014, ele apresentou de maneira muito clara a teoria da bomba biótica de umidade, explicando que a Amazônia pulsa e é o coração do mundo.
Como nossa grande floresta pulsa? Ela suga o ar úmido do oceano para dentro do continente e bombeia água fresca pelas artérias suspensas dos rios voadores: “a transpiração abundante das árvores, casada com uma condensação fortíssima na formação das nuvens e chuvas, leva a um rebaixamento da pressão atmosférica sobre a floresta, que suga o ar úmido”.
No relatório, ele revela as cinco descobertas importantes para a eco-hidrologia amazônica:
1) “a floresta mantém úmido o ar em movimento, o que leva chuvas continente adentro”;
2) “a formação de chuvas abundantes em ar limpo”, graças aos aromas e cheiros da floresta que atuam na nucleação das nuvens;
3) “um rebaixamento da pressão atmosférica sobre a floresta suga o ar úmido sobre o oceano para dentro do continente, mantendo as chuvas em quaisquer circunstâncias”;
4) os rios voadores de vapor “transportam a água para as chuvas fartas que irrigam regiões distantes no verão hemisférico”;
5) o rugoso dossel florestal (todas as copas de árvores juntas) atenua a violência atmosférica, dosando, distribuindo e dissipando a energia nos ventos!
Saiba mais:
O Futuro Climático da Amazônia – Relatório de Avaliação Científica | Antonio Donato Nobre (INPE), 2014: http://bit.ly/2BhGPKZ