Créditos falsos

Uma nova pesquisa do jornal britânico The Guardian, em parceria com o observatório de justiça climática Corporate Accountability, com sede nos Estados Unidos, analisou os 50 principais projetos de compensação de emissões globais que vendem créditos de carbono no mercado mundial e concluiu que a maioria dos créditos pode ser classificada como “lixo”. As evidências sugerem que o mercado voluntário de carbono está sendo utilizado por grandes empresas de todos os setores para greenwashing e para evitar as medidas de corte necessárias.

“A investigação demonstra repetidamente que os mercados de carbono são fraudulentos, prolongam as indústrias de combustíveis fósseis, aceleram o caos climático e violam os direitos dos Povos Indígenas”, disse Tamra Gilbertson, da Rede Ambiental Indígena. “Os negociadores da ONU nas conversações sobre o clima desta semana em Bonn, na Alemanha, pretendem legitimar esses mercados perigosos em um acordo global que marcaria a ruína para o planeta. Manter os combustíveis fósseis no solo impede as mudanças climáticas, não incentivando a poluição.”

O estudo fornece uma análise aprofundada sobre a comercialização de créditos de carbono, revelando-se uma fachada para continuar poluindo. A pesquisa expõe algumas das maiores corporações do mundo, incluindo Disney, Nestlé, Gucci, Volkswagen, Delta, EasyJet, Exxon e muitas mais. Esses projetos representam aproximadamente um terço (32,03%) do total de créditos retirados em projetos globais de compensação, de acordo com o banco de dados AlliedOffsets. A análise atualizada e a pontuação rigorosa dos 50 principais projetos de compensação globais foram destacadas.

Chega de #SoluçõesFalsas. O TEMPO ACABOU! O mercado de compensação de carbono é fundamentalmente uma fraude. Precisamos de soluções reais e emissões zero de verdade.

@stopcorporateabuse @antonioguterres

Saiba mais:
Corporations invested in carbon offsets that were ‘likely junk’, analysis says The Guardian: https://bit.ly/3Kxeynk

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