O estado que mais desmata na Amazônia desde 2006, o Pará, hoje e amanhã abre as portas para a Cúpula da Amazônia reunindo 8 chefes de estado dos países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica na capital do estado: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Em 2025, vai sediar a COP-30. A pergunta que todos nós devemos fazer é: o que o Pará tem a ensinar ou aprender sobre preservação e justiça climática?
O estado do Pará, governado por Helder Barbalho (MDB), tem:
⎻ falhado em fiscalizar o avanço ilegal do agronegócio e da pecuária, fazendo vista grossa para grilagem de terra pública;
⎻ falhado em permitir a existência de um licenciamento municipal para garimpeiros ilegais;
⎻ falhado e proteger as Terras Indígenas do estado;
⎻ falhado em cobrar as multas aplicadas pelo IBAMA: são mais 18 milhões de reais em infrações apenas de “irregularidades no licenciamento ambiental”;
⎻ falhado em destinar e proteger mais de 9 milhões de hectares de vegetação nativa.
Se mau exemplo serve de lição, é este o legado que o Pará tem para dar. É preciso discutir seriamente a pressão dos Grandes Poluidores, mineradoras, garimpeiros, sojeiros e pecuaristas sobre a floresta. Sem essa análise verdadeira, o Pará não tem capacidade de sinalizar mudança de rumo, muito menos se gabar de proteger a Amazônia em pé e seu povo vivo.
Saiba mais:
Por que o Pará é o campeão de desmatamento na Amazônia – DW Brasil: https://bit.ly/3Qrq9J1
