O verão no Hemisfério Norte evidencia as mudanças climáticas por lá, mas são os países pobres da região que sofrem sem estrutura para proteger a população que enfrenta eventos extremos.
No Vietnã, a seca do rio Mekong já provoca racionamento de água e cortes de energia. Na Índia, a safra de trigo foi perdida com a onda de calor e a fome avança. No Paquistão, as chuvas de monção causam uma verdadeira tragédia, com cidades embaixo d’água, centenas de mortos e milhares de desabrigados. No Chifre da África, a população enfrenta a pior seca dos últimos 40 anos. Etiópia, Quênia e Somália podem enfrentar uma catástrofe humanitária.
Com tragédias e eventos extremos, famílias são forçadas a migrar em busca de um lugar seguro para viver. Deslocadas internamente (dentro do país) ou externamente (refugiadas) e apátridas (sem nacionalidade legal), essa é uma população crescente.
Os países ricos ainda tem mais estrutura para enfrentar emergências climáticas. Mesmo assim, a Europa sofre com a pior seca desde a Idade Média. Os rios Danúbio, Reno, Pó estão com o nível tão baixo que até o transporte por rios está com problemas. Produtores de trigo e milho se preparam para o pior. Produtores de uvas da França, Espanha e Itália já perderam as safras.
Nos Estados Unidos, a estiagem vai colocar mais uma vez o estado da Califórnia em alerta, com falta de água e produtores rurais perdendo colheitas e mais alta no preço dos alimentos.
Na China, a população enfrenta onda de calor e a seca do rio Yangtze, com racionamento de água e energia.
Saiba mais:
A seca histórica no Hemisfério Norte e seus efeitos – G1: http://glo.bo/3AYOvSl