Estudo do observatório climático Corporate Accountability revela que a COP28 estava inundada de agências de relações públicas e assessorias de imprensa que trabalham para as empresas de petróleo. Esses profissionais de comunicação e marketing que tem como clientes Grandes Poluidores não têm escrúpulos e topam tudo por dinheiro. Assim, usam táticas de desinformação em redes sociais, criam sites falsos, divulgam notícias mentirosas, arquitetam planos de greenwashing para promover agenda antiambiental e negacionista.
O jornal inglês The Guardian publicou ontem, em primeira mão, alguns dados do estudo: pelo menos 166 assessores de imprensa e relações públicas de agências de comunicação que trabalham para petroleiras estavam na COP28, participando de reuniões e também travando conversas nos corredores do evento global pelo clima.
No Glossário Ilustrado de Justiça Climática, explicamos que greenwashing é uma maquiagem verde que promove uma falsa “ecologização” da mercantilização da vida. É uma estratégia retórica que fetichiza as mercadorias como “verdes” –escondendo os impactos ambientais externalizados do extrativismo predatório e da acumulação por desapropriação que caracterizam os bens produzidos sob o capitalismo. A maquiagem verde consiste em promover propaganda enganosa para convencer o público a comprar produtos supostamente ecológicos. Conhecida também como “greenwashing” ou ecobranqueamento, é igualmente usada na formulação de políticas que promovem soluções falsas.
Saiba mais:
Revealed: more than 160 representatives with climate-denying track records got Cop28 access – The Guardian: https://www.theguardian.com/environment/2023/dec/11/climate-deniers-attend-cop28-talks
Baixe o Glossário Ilustrado da Justiça Climática: www.arvoreagua.org