Área agrícola e alimentação do mundo

Uma pesquisa realizada pela Agência Alemã de Meio Ambiente (UBA) mostra que 71% das terras aráveis do mundo são atualmente usadas para produção de ração animal. Ou seja, toda essa produção não é nem para alimentar humanos, mas para alimentar os “consumidores primários” que depois poderão ser comidos por humanos. É um desperdício enorme de energia, além de saber que tanto a soja como o gado são os principais responsáveis pelo desmatamento ilegal e uso de venenos no solo.

O nível trófico da alimentação/cadeia alimentar representa onde cada ser vivo está quando se analisa seu nível de transferência de energia no ecossistema. Quanto mais eficiente for a alimentação do ser, mais perto da fonte de energia (sol) está sua alimentação. Assim, os seres mais eficientes usam ou gastam menos matéria do ecossistema para se alimentar.

Somos seres onívoros e podemos comer de tudo. Nosso corpo pode ser plenamente bem alimentado, causando baixo impacto sistêmico, comendo apenas plantas, frutas, bebendo água e tomando sol. Ocasionalmente, poderíamos até comer carne, pois somos onívoros e não morreríamos ao fazê-lo. Acontece que a sociedade moderna inverteu nossos valores alimentares. 

O impacto tem sido na nossa saúde e na saúde do planeta. O crescimento global desse tipo de monocultura tem feito o planeta perder imensas áreas de húmus, que além de armazenar carbono, mantém a fertilidade do solo. 

Segundo o estudo Global Carbon Project, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), essa agricultura industrial ultrapassada tem provocado o aumento de CO2 na atmosfera e, também, a extinção global de espécies. Precisa mudar. Para a ONU, esse cenário representa uma grande ameaça para a segurança alimentar mundial.

O relatório Impacto Ambiental da Alimentação mostra as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) na cadeia de produção de diferentes alimentos:

1kg carne de boi ⇪ 60kg de GEE;

1kg de cordeiro ⇪ 20kg de GEE;

1kg de mandioca ⇪ 1kg de GEE;

Os alimentos de origem vegetal emitem bem menos carbono e metano. Em média, 1kg de comida para 1kg de emissão de GEE.

Cuidar da saúde do planeta é também cuidar da nossa saúde.

Não financie o desmatamento. O desmatamento traz terríveis prejuízos para o país. A pegada de carbono no quilo da carne bovina “criado” na Amazônia é de 145 quilos de CO² e a indústria da carne sozinha coloca o país na 20º posição de maior emissor de GEE no mundo, o equivalente a emissão total da Inglaterra.

Saiba mais:

Como a agricultura pode mudar? – Deutsche Welle: https://p.dw.com/p/3jpGP

ENEM Cadeia Alimentar – Brasil escola: https://bit.ly/3fA3u7u

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