Grileiros estão usando o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para declarar posse de terras públicas invadidas na Amazônia, tentando “legalizar” o roubo e apropriação indevida. Estudos indicam que mais de 90% dos cadastros são ilegais na região.
PASSO A PASSO DO CRIME:
- Mapeamento e extração ilegal: Primeiro, os criminosos identificam as árvores de maior valor comercial na floresta nativa. Contratam madeireiros para retirar ilegalmente as toras, vendendo-as no mercado paralelo.
- Desmatamento total: Depois da extração, derrubam toda a vegetação restante, resultando em perda permanente de fauna e flora nativas.
- Incêndio criminoso: Após a estação chuvosa, principalmente entre os meses de Setembro e Novembro, ateiam fogo na madeira seca, sem planejamento, escondidos. O fogo, descontrolado, avança além da área, causando incêndios florestais.
- Falsificação de documentos: Após o incêndio, quando a fumaça abaixa, cercam o terreno e falsificam documentos de compra e venda, registrando-os no CAR e em cartórios.
- Pressão por regularização: Depois, pressionam o governo para “regularizar” as terras roubadas.
Esse ciclo criminoso está destruindo a Amazônia e roubando o nosso futuro: prejudicam a biodiversidade, as populações tradicionais e intensificam mudanças climáticas.
Saiba mais:
Fraude no CAR: pesquisadora detalha prejuízos ambientais da grilagem – IPAM: https://bit.ly/3ZzFXNM
Land grabbing in the Brazilian Amazon: Stealing public land with government approval – Land Use Policy | Science Direct Elsevier: https://bit.ly/3kzwcdp
Cadastro ambiental pode ser usado para grilagem de terras públicas no AM, aponta estudo – Folha de S. Paulo: https://bit.ly/3Kzx509Pesquisadores apontam uso do CAR para grilagem de Terras Públicas no Amazonas – ClimaInfo: https://bit.ly/3sbCNPs