Relatório elaborado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor em parceria com universidades federais e outras instituições mostra como as plantações de eucalipto usadas pela siderúrgica multinacional Aperam South America reduziram em 4,5m o lençol freático no norte de MG, causando escassez hídrica no Alto Jequitinhonha.
O eucalipto tem uma evapotranspiração 2,4 vezes maior que a mata nativa da região, transpirando 6 litros de água por dia por metro quadrado, enquanto a mata nativa do Cerrado transpira 2,5 litros/dia. As plantações de eucalipto também infiltram menos a água da chuva. Enquanto a mata nativa com raízes profundas absorve 50% da chuva para reabastecer o lençol freático, os monocultivos de eucalipto conseguem absorver apenas 29% da água da chuva.
A agência Pública teve acesso ao estudo em primeira mão e fez longa reportagem sobre o impacto da multinacional, que também é acusada de estabelecer milícias que ameaçam os moradores.
“[A Aperam] desmatou o Cerrado, plantou eucalipto, desrespeitando as ordens. Plantou até nas bordas das cabeceiras das veredas. Isso trouxe um grande impacto para nós. Hoje n´s vivemos encurralados aqui embaixo na grota”, contou um morador ouvido pela Pública.
Leia reportagem na íntegra:
Eucalipto que garante CO2 neutro da Aperam Bioenergia seria responsável por secar reservas – Agência Pública: https://bit.ly/3P9K7V8