O impacto geológico da exploração de sal-gema pela Braskem –empresa brasileira do ramo petroquímico– é catastrófico: parte de Maceió está afundando desde 2018. Já são 57 mil pessoas atingidas e 13.641 imóveis precisaram ser desocupados às pressas em cinco bairros da capital alagoana. Ruas foram interditadas. Cerca de 5 mil comerciantes da região, escolas, postos de combustível precisaram mudar seus negócios para outros locais. Até um hospital precisou fechar as portas.
Um acordo firmado em janeiro do ano passado definiu que a petroquímica pagaria indenizações para os que foram obrigados a deixar a vida para trás. A empresa é acusada de falta transparência e as vítimas criaram o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem para solicitar a instauração de novo procedimento, alegando que não foram ouvidas, não participaram das negociações e nem todos os imóveis foram colocados no mapa de risco. O Ministério Público Federal reconheceu dificuldade no avanço das indenizações e cobrou agilidade.
O documentário “A Braskem Passou Por Aqui”, do documentarista argentino Carlos Pronzato, conta histórias das famílias afetadas pelo impacto geológico causado pela petroquímica.
Saiba mais:
“Afundamento em Maceió já atinge 4.500 comerciantes e realoca até hospital” – Folha de S. Paulo, 01/08/2021: https://bit.ly/3izmYh6A Braskem passou por aqui: A catástrofe de Maceio | Carlos Pronzato: https://youtu.be/zBOJbOGcBwo