O pirarucu (Arapaima gigas) é o maior peixe de escamas de água doce do mundo. Ele é nativo da bacia do rio Amazonas, sendo consumido no Brasil, Peru e Colômbia. Na região norte, é consumido fresco ou salgado, como o bacalhau.
Além do seu tamanho, outra característica morfológica chama atenção: essa espécie possui uma bexiga natatória modificada que além de ajudar na flutuação, também funciona como um órgão respiratório. Acredita-se que a espécie seja descendente de peixes ancestrais que evoluíram para se adaptar ao ambiente único da Amazônia, sobrevivendo em várzeas, planícies inundáveis e áreas de água parada nos afluentes do Amazonas. Esse sistema respiratório especializado que lhes permite respirar ar artmosférico quando sobem à superfície e os níveis de oxigênio na água estão baixos.
Algumas comunidades amazônicas já estão fazendo o manejo sustentável do pirarucu.
No território Paumari, no Amazonas, o pirarucu já é a principal fonte de renda das sete aldeias locais. A produção coletiva é certificada pelo Ibama e foi assessorada pelo Instituto Mamirauá. Hoje, os indígenas cuidam de uma população de 10 mil pirarucus, que chegam a pesar mais de 180 quilos e ter até 3,5m de comprimento!
Saiba mais:
“Manejo do pirarucu fortalece proteção territorial nas terras indígenas Paumari, em Tapauá (AM) – Idesam:
“Como um novo modelo de pesca do pirarucu salvou a espécie e mudou a vida de povos indígenas” – O Globo: https://glo.bo/2zii8gG