PL da Grilagem

[PL da Grilagem 2633/2020] O desmatamento ilegal na Amazônia está fortemente associado à grilagem de terras e especulação das florestas públicas não destinadas (ainda não transformadas em unidades de conservação). Essas florestas são patrimônios da União, ou seja, do futuro de todas as gerações de brasileiros que ainda estão por vir. Para se ter dimensão do que está acontecendo, a grilagem entre 2018 e 2020 cresceu 274% na Amazônia. Entre 2019 e 2020, metade das queimadas registradas pelo sistema Deter, do INPE, aconteceu em florestas públicas não destinadas próximas a grandes propriedades agrícolas. 

Armação de poderosos que enriquecem através do crime, onde o país e a Amazônia perdem.

PASSO A PASSO DO CRIME

  1. Os que estão de olho na expansão de suas fazendas mapeiam as madeiras de valor da floresta nativa. Arranjam um um madeireiro para fazer a extração ilegal da madeira de lei e vendem no mercado paralelo. 
  2. Depois, contratam terceiros para derrubar todas as árvores que ficaram. Fauna e flora nativas perdidas, para sempre. 
  3. Dois meses depois da estação de chuva, começam a tacar fogo na madeira que está secando no chão. Fazem tudo de forma criminosa, sem planejamento, na surdina. Na maioria das vezes, o fogo se espalha para além da área inicialmente “prevista” e vira um incêndio florestal de difícil controle. 
  4. Depois do fogo e da poeira baixar, voltam para terminar o serviço. Como se não soubessem de nada, vão lá e cercam o terreno. Forjam um papel de compra e venda, criam registros diferentes em cartórios, canais da prefeitura e canais do governo federal. Cerca de 30% das áreas ocupadas na Amazônia estão cadastradas ilegalmente.
  5. Depois cobram que o governo “regularize” a grande área que pegaram de graça. 

Saiba mais:

PL da Grilagem prepara novo ciclo de devastação – Outras Palavras: https://bit.ly/3yuUiuM

PL da Grilagem: “É escandaloso”, diz Greenpeace: https://bit.ly/3yuIk46

Desmatamento em terras públicas explode – IPAM: https://bit.ly/2SOVmdA

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