Funai proíbe pesquisadores da Fiocruz, instituição de pesquisa ligada ao Ministério da Saúde, de ir a Roraima fazer um estudo sobre o agravamento da contaminação por mercúrio na população Yanomami com a invasão de 20 mil garimpeiros durante o governo Bolsonaro. O estudo foi pedido pelos próprios indígenas, em carta de socorro enviada para a Fiocruz no ano passado: “O nosso povo está sendo envenenado com o mercúrio”, denunciou a Associação Texoli da aldeia de Mucajaí.
A Funai não tem impedido a entrada de garimpeiros, mas ousa impedir a entrada de pesquisadores da Fiocruz. O descaso do governo não é aleatório, parece ser parte de um projeto pensado.
A situação dos Yanomami pede ação urgente, com manifestação e indignação de todos. Abandonados pelo poder público, os Yanomami estão enfrentando sozinhos o crime organizado, uma crise de malária, o crescimento de casos de desnutrição infantil e a pandemia de Covid-19.
Reportagens recentes exibidas na TV mostram a precariedade dos poucos equipamentos de saúde pública disponíveis em algumas aldeias. A negligência é deliberada. O governo Bolsonaro não quer proteger a floresta, muito menos os indígenas.
Saiba mais:
Funai veta pesquisa sobre contaminação de mercúrio entre povo Yanomami – Folha de S. Paulo: https://bit.ly/3oS1GNw
Crianças yanomami sofrem com desnutrição e falta de atendimento médico – Fantástico: https://glo.bo/3rbhJsv
8 anos e 12 quilos, a criança com malária e desnutrição que simboliza o descaso com os Yanomami no Brasil – El País: https://bit.ly/3r95psO