No Brasil, as linhas imaginárias do Equador (cortando a Amazônia) e do Trópico de Capricórnio (atravessando São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná) marcam os limites extremos onde o Sol pode passar diretamente acima em diferentes solstícios. Elas delimitam zonas climáticas tropicais e subtropicais, refletindo nossa diversidade climática. Além do caminho do Sol, nosso país continental é moldado por altitudes variadas, diferentes massas de ar e a interação com os oceanos. O resultado? Seis tipos climáticos principais e, agora, novos núcleos áridos surgindo dentro do semiárido devido às mudanças climáticas.
– EQUATORIAL: Na Amazônia, a linha do Equador garante dias ensolarados quase o ano todo, com pouca variação de temperatura entre o dia e a noite. As altas temperaturas e chuvas abundantes sustentam a maior floresta tropical do mundo, regulando o clima global e trazendo chuvas generosas ao restante do país.
– SEMIÁRIDO: No interior do Nordeste, longe das influências diretas do Atlântico e protegido pelo Planalto de Borborema, massas de ar quente e seco predominam. Isso dificulta a formação de nuvens de chuva. Com as mudanças climáticas, núcleos áridos começam a surgir, marcados por temperaturas mais elevadas e ausência de umidade. É a desertificação ganhando força.
– TROPICAL: Dominando boa parte do Brasil, esse clima traz duas estações bem definidas: verões quentes e chuvosos, e invernos amenos e secos. Ideal para a biodiversidade do Cerrado e a agricultura.
– TROPICAL DE ALTITUDE: Nas serras e planaltos, como em São Paulo, as temperaturas são mais amenas. As chuvas são regulares, e as estações, bem marcadas.
– TROPICAL ATLÂNTICO: Moldado pelo oceano, que ameniza o calor e garante umidade, esse clima vai da Bahia ao sul de São Paulo. É conhecido pela alta precipitação e influencia diretamente a exuberância da Mata Atlântica.
– SUBTROPICAL: Ao sul do Trópico de Capricórnio, é o clima mais frio do país. Invernos gelados, com direito a geadas, contrastam com os verões quentes.
Esses climas se conectam como uma sinfonia planetária. Mas a crise climática está desafinando a harmonia. Vide a expansão da sub-região árida no Nordeste, as chuvas extremas no Sul e a seca severa no Norte.
CURIOSIDADES: QUEM TRAÇOU AS LINHAS IMAGINÁRIAS?
Desde a Antiguidade, matemáticos e filósofos como Pitágoras e Aristóteles já sabiam que a Terra era redonda. Dois séculos antes de Cristo, na Grécia, criaram um sistema de coordenadas geográficas com latitude, longitude e outras linhas imaginárias. Durante a expansão marítima europeia, essas linhas ganharam destaque, auxiliando na navegação – e, infelizmente, na invasão de outras terras. Hoje, além da localização, elas ajudam a entender a posição do Sol e delimitam zonas climáticas tropicais, subtropicais e polares.
Saiba mais:
Tipos de climas do Brasil – Brasil Escola: https://abre.ai/lGDI
