Bomba! Fuligem preta. Milhares de mortes, destruição por todos os cantos e milhões de toneladas de emissões de gases do efeito estufa. Precisamos discutir o impacto humanitário e ambiental das guerras. Em um mês, a COP-28 lá no Oriente Médio pretende discursar mais uma vez sobre o que precisa ser feito para diminuir emissões. Estão nos fazendo de bobos. Até quando ficaremos assistindo a essa escalada insana de explosões diárias? Quantas mortes e bombas explodindo precisaremos contar para nos indignar com toda e qualquer guerra?
A fundação alemã Friedrich Ebert divulgou em agosto do ano passado artigo assinado pela presidente da associação global IPPNW (International Physicians for the Prevention of Nuclear War / Physicians in Social Responsibility) Angelika Clauben sobre os impactos da guerra no clima. Os números são alarmantes:
- Na guerra na Ucrânia, foram registrados 36 ataques russos a infra-estruturas de combustíveis fósseis apenas nas primeiras cinco semanas, conduzindo a incêndios prolongados que libertaram partículas de fuligem, metano e C02 na atmosfera;
- De acordo com um estudo da organização Oil Change International, a Guerra do Iraque foi responsável por 141 milhões de toneladas de emissões equivalentes de C02;
- As estimativas mostram que a reconstrução na Síria conduzirá a emissões de 22 milhões de toneladas de CO2;
- De acordo com o projeto Custos da Guerra da Universidade Brown, o Ministério da Defesa dos EUA, por si só, contribui mais para a crise climática do que países individuais como a Suécia ou Portugal;
- Os militares alemães já foram responsáveis por cerca de 4,5 milhões de toneladas de emissões equivalentes de CO2 em 2019.
O artigo traz mais números e todos mostram o estrago de um conflito armado. Numa guerra todos perdem, os que matam, os que morrem e os que assistem sem se indignar.
Saiba mais:
War is a climate killer – Fundação Friedrich Ebert: https://bit.ly/46LaLME