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Não podemos mais aceitar que defensores da natureza sejam assassinados no Brasil. Segundo a Global Witness, o aumento de ameaças e mortes tem sido documentado desde 2018. Somos o 4º país mais perigoso para indígenas e ambientalistas no mundo e devemos nos envergonhar do tamanho descaso da Justiça e do governo, fazendo pressão por ação concreta e mudança.
Bruno Pereira formava equipes de vigilância indígena contra criminosos na fronteira com o Peru. Nessa viagem, acompanhava o jornalista britânico Dom Philips durante apuração para um livro sobre as violações que ocorrem na Terra Indígena do Vale do Javari, território onde vivem povos de recente contato e isolados.
Nos solidarizamos com as famílias e amigos das vítimas que têm se arriscado para defender a Amazônia e a floresta em pé, por defenderem seus territórios, o direito à terra, seus meios de subsistência e o meio ambiente. Estamos em luto por Bruno Pereira, Dom Philips e por assassinatos de indígenas, ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, lideranças de movimentos populares, defensores do meio ambiente e defensores dos direitos humanos que estão na floresta e correndo risco diariamente.
Que o governo brasileiro atue sem demora para responsabilizar os culpados e para impedir que esse clima de terror continue. Quem mandou matar? Por quê?