Krenak explica: Capitaloceno

Krenak fala do Capitaloceno, essa era em que deixamos que corporações, donas de um dinheiro inventado, tomassem conta da Terra e das nossas vidas. São elas que promovem uma exploração sem limites, um destruição planetária em busca de mais dinheiro (que uma hora vão descobrir que não vale nada). Para fazer isso possível, elas nos…

Povos que falam com as águas

É no vaivém dos rios e “falando com as águas como se namorassem” que as populações tradicionais aprendem a “pegar na voz de um peixe”. Esses povos que vivem às margens dos corpos d’água (na primeira, na segunda e, às vezes, até na terceira margem) conhecem a cheia e o tempo certo de cultivar suas…

Transformar rios do Pará em Hidrovias?

O estado do Pará, “rio-mar” em tupi-guarani, recebeu esse nome por causa de seus rios que parecem oceanos. Pa’rá traduz a força das águas que sustentam a vida amazônica. Mas o Estado parece ter esquecido o que o próprio nome carrega. Desde os anos 70 com a construção da hidrelétrica de Tucuruí para atender mineradoras,…

Comunidade é patrimônio vivo

Quando Nêgo Bispo explica que o território não pertence a nós, mas que nós pertencemos ao território numa relação de dependência e reciprocidade, ele lança uma provocação certeira: “Que tal o povo dos Alphavilles viver apenas com o que está nos Alphavilles, sem precisar de nada de fora, e que tal nós nos quilombos vivermos…

Alter do Chão

A ilustração de hoje traz a força e a urgência de Lucas Castro, jovem nascido em Alter do Chão, no coração da Amazônia. Para muitos, Alter é a praia de água doce mais bonita do mundo. Mas esse território guarda muito mais: florestas, várzeas, savanas, igarapés, igapós, histórias e povos que resistem. Parte da família…

Cosme e Damião

É preciso festejar desde cedo e cultivar a alegria. Prepare-se. No próximo sábado, 27 de setembro, é o dia de Cosme e Damião. Para muita gente é lembrança doce da infância, com saquinhos de balas, pipocas, brinquedos. Mas a origem é muito mais profunda, vem da tradição africana que atravessou o Atlântico nos corpos escravizados…

Convenção 169/OIT

Desde as invasões coloniais até hoje, sob a influência e impunidade de grandes corporações multinacionais, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais seguem tratados como obstáculos. A lógica se repete: expulsá-los de seus territórios, transformar florestas em mercadoria, concentrar riqueza nas mãos de poucos. Governos capturados pelo lobby corporativo empurram goela abaixo grandes obras, mineração, agronegócio…

Zumbi dos Palmares

Mais de 4,5 milhões de pessoas foram sequestradas da África e trazidas à força para o Brasil entre os séculos XVI e XIX. Homens, mulheres, crianças. Gente com sonhos, famílias e histórias. Foram arrancados de suas terras, vendidos como mercadoria e submetidos a mais de 350 anos de escravização em lavouras, engenhos, minas e casas…

Iara, Mãe-d’Água

Na forma de conceber a origem do mundo, da existência e de seus propósitos, das relações entre os seres e do porquê de estarmos aqui e agora, os povos indígenas compreendem que as vidas não humanas (florestas, águas, animais, rochas etc) têm entidades guardiãs com as quais todos mantêm uma relação de respeito. As águas,…