Banheiro é direito humano!

UmLugarDePaz – Dia 19 de novembro é o Dia Mundial do Banheiro! Garantir um banheiro seguro e adequado deveria ser um direito básico, mas, no Brasil, a realidade é bem diferente. Segundo o Censo 2022, 1,2 milhão de pessoas vivem em casas sem banheiro, e uma em cada três delas é criança de 0 a 14 anos. Isso equivale a impressionantes 12,2 milhões de crianças e adolescentes sem acesso a esgotamento sanitário adequado (Unicef/Censo 2022).

Além disso, 2,35 milhões de brasileiros usam banheiros precários, que muitas vezes são apenas buracos no chão. E não para por aí: 4,9 mil escolas no Brasil não têm banheiro, impactando 439 mil estudantes (Censo Escolar 2023). Quando o banheiro existe, falta saneamento básico. Para se ter ideia, 90 milhões de brasileiros não têm coleta de esgoto, um número maior que toda a população da Alemanha (SNIS 2022).

O Instituto Água e Saneamento (IAS) tem liderado, com muita dedicação, o movimento pelo #DMBBrasil, que chega à sua quinta edição no país. Este ano, o IAS lançou um site especial que explora os diversos aspectos do déficit de saneamento no Brasil. Entre os destaques, um infográfico esclarece a dimensão dessa crise e aponta caminhos para solucioná-la. A mobilização conta com uma rede de parceiros e entre eles o projeto Água, Sua Linda, que fortalece na divulgação da campanha pela universalização do saneamento básico.

Nesta semana de conscientização, é fundamental lembrar que o acesso ao saneamento básico não é apenas uma questão de infraestrutura, mas um direito constitucional que se conecta a outros princípios fundamentais, como o direito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), o direito à saúde (art. 6º) e o direito à igualdade (art. 5º). Este último nos lembra que o acesso a banheiros deve ser garantido a todos, sem qualquer discriminação.

A ONU instituiu o Dia Mundial do Banheiro para destacar um problema inacreditável no século XXI: milhões de pessoas ainda não têm um lugar seguro para fazer suas necessidades básicas. A data também reforça a urgência da universalização do acesso ao esgotamento sanitário, um direito humano fundamental declarado pela ONU há mais de sete anos.

A pandemia deixou claro como a falta de saneamento é uma crise de saúde pública: sem acesso ao básico, milhões não conseguem manter as mínimas condições de higiene e ficam ainda mais vulneráveis. Vamos refletir e agir! Afinal, saneamento básico é dignidade, saúde e futuro.

Saiba mais:
Dia Mundial do Banheiro: https://diamundialdobanheiro.org.br/
IAS infográfico dados: https://diamundialdobanheiro.org.br/tamanho-do-problema/
DEBATE: Saneamento em tempos de crises – https://youtu.be/_RmousTLslQ

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