Bancada ruralista do atraso

Que Comissão Mista é essa que pretende determinar as atribuições ministeriais por Medida Provisória? Quem são esses que acham que com 15 votos podem tirar a gestão das Águas, dos Resíduos e dos Cadastros Ambientais Rurais do Meio Ambiente? Tirar a Demarcação de Terras Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas? O que justifica tamanha falta de compromisso com o futuro do país?

A bancada ruralista e a extrema-direita no Congresso estão testando a vontade do povo de por fim a um dos mais tristes períodos da história brasileira. Sim, o povo decidiu virar a página do vergonhoso período marcado pelo negacionismo climático, pela boiada livre devastando o meio ambiente, pela violência no lugar da inteligência, pela falta de conhecimento técnico e pelo grotesco desrespeito aos direitos humanos.  

É HORA DE PRESSIONAR O CONGRESSO. No começo no junho, plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado precisam barrar essa insanidade. Devemos nos fazer ouvir em alto e bom som, de todas as maneiras legais possíveis. Que o Congresso Nacional aja por consciência, se não, que aja por pressão popular. Caso não faça sua parte, que o presidente mostre a que veio e defenda seu programa, seus ministros e ministérios.

Afinal, Lula subiu a rampa embrulhado na bandeira da democracia e foi eleito em frente de resgate do futuro quase perdido. No primeiro dia, anunciou a veterana ambientalista Marina Silva como responsável pelo recuperação do maltratado Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas  – sim, agora a pasta leva no nome a agenda do clima que pede, globalmente, a eliminação gradual do petróleo, não sua expansão. Nomeou também a liderança indígena Sônia Guajajara para comandar o primeiro Ministério dos Povos Indígenas, pois essas terras estão atrasadas em 500 anos nesse movimento de dar voz e respeitar os povos que aqui estavam desde o início. 

E que a bancada do boi e da bala possam ser responsabilizadas juridicamente pelos danos que tem causado ao país.

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