É urgente conter as queimadas criminosas na Amazônia e no Pantanal. Se aqueles que ordenam e realizam essas queimadas ainda não compreenderam a importância da biodiversidade, é necessário que sejam exemplarmente punidos. Investigações, multas, processos legais e prisões, com nomes manchados, exposição nacional e repercussão global para vergonha desta e futuras gerações. Precisamos romper o ciclo de impunidade e expor esses covardes que destroem a vida de tantas pessoas, plantas e animais, visando apenas o acúmulo e lucro pessoal em curto prazo.
Onde desmatadores e poluidores não dormem e marcham destruindo o futuro sem visão socioambiental, a justiça precisa despertar. Em toda a Amazônia, os criminosos aproveitam qualquer brecha para agir. Desde fevereiro, em Roraima, incendiários contratados avançam sobre terras indígenas. Somente lá, entre janeiro e maio, foram mais de 4.600 focos de incêndio planejados e executados pelo crime organizado e pelo garimpo. No Mato Grosso, a situação não é muito diferente, com mais de 3.800 incêndios criminosos para a expansão da soja. O Pará, que sediará a COP-30 no próximo ano, também enfrenta graves problemas: criminosos ligados ao agronegócio, setor mineral e madeireiro continuam agindo como de costume.
É triste, mas é um fato: em 2024, os focos de queimadas já estão acima da média registrada pelo Inpe nos últimos 35 anos. Que as comunidades resistam e que os governos, em todos os níveis, entrem em ação de modo acelerado, coordenado e eficaz antes que seja tarde demais.
Saiba mais:
Por que a Amazônia bate recordes de queimadas – Amazônia Real: https://amazoniareal.com.br/por-que-a-amazonia-bate-recordes-de-queimadas/