O agrotóxico Fipronil é proibido de ser aplicado via aérea. Está na bula. Apesar da proibição, em junho, produtores de algodão do Mato Grosso despejaram o veneno por avião, causando a morte instantânea de 100 milhões de abelhas, contaminando diversos municípios. O veneno viajou pelo ar e também contaminou a água. Crime ambiental e contra a saúde pública.
Em reportagem feita pela Folha, o vice-presidente da Associação de Apicultores e Meliponicultores do Vale do Teles Pires de Sorriso (Apis Vale) Clacir Signorini disse que o caso foi um “verdadeiro extermínio”. Depois da denúncia feita pela associação de apicultores ao Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) do Mato Grosso, 22 fazendas foram visitadas. Encontraram galões vazios de veneno em somente uma delas. O fazendeiro recebeu uma multa de R$ 225 mil.
Apicultores perderam caixas e caixas de colmeias de abelhas produtoras de mel. Foram mais 100 milhões de abelhas mortas, sem contar as abelhas silvestres. Pessoas foram expostas ao veneno. A água foi contaminada. É urgente que o governo do Mato Grosso e o próprio agronegócio condenem esse tipo de prática. Que o Ministério Público e o Governo Federal também entrem em ação.
Saiba mais:
Mais de 100 milhões de abelhas morrem em Mato Grosso após uso indevido de agrotóxico – Folha: https://bit.ly/43GnSN5
