Comunidades indígenas e quilombolas estão sendo invadidas com o avanço das monoculturas de dendê nos municípios rurais amazônicos próximos a Belém, no Pará. Os movimentos locais já denunciaram grilagem em território demarcado que deveria ser protegido e a existência de um cartório-fantasma na região. Sem proteção do governo, lideranças estão sofrendo ameaças de morte.
O Ministério Público Federal pede a federalização do caso e explica que o dano ambiental gera extrema preocupação, com desmatamento, uso de agrotóxicos e resíduos agroindustriais com metais pesados sendo lançados nas águas.
Milícias rurais têm acirrado os conflitos, encurralando moradores por seguranças armados e encapuzados contratados pelas fazendas. Essas milícias chegaram a cavar valas de 2 metros de profundidade no entorno da Vila Palmares, como ameaça. As populações nativas dessas comunidades pedem urgência. A Funai, a Fundação Palmares e o INCRA não fizeram nada.
Companhias invasoras:
*BBF, antiga BioPalma* – invadiu terras indígenas da etnia Tembé em Acará e Tomé-Açú. A área somada das fazendas produtoras da BBF na região já soma 535 mil hectares, o equivalente a 535 mil campos de futebol.
*Agropalma* – invadiu cerca de 13 mil hectares do território quilombola, nos municípios de Tailândia e Moju.
Saiba mais:
‘Guerra do dendê’ no Pará tem acusação de grilagem, cartório-fantasma e conflitos entre empresas, indígenas e quilombolas – G1: http://glo.bo/3anzhvB