Acidificação dos oceanos

Os fitoplânctons absorvem CO2 e liberam oxigênio, como as plantas terrestres. Como os oceanos cobrem 70% da superfície do planeta, esses organismos fotossintetizantes chegam a absorver cerca de ¼ (20%-30%) de todo CO2 gerado por atividades humanas, com a superexploração e uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural) e, também, o desmatamento. 

Como o excesso de CO2 torna o oceano mais ácida e reduz o carbonato de cálcio, essencial para as espécies calcificadoras?

Quando o CO2 é absorvido pelos oceanos, ele reage com a água e se transforma em ácido carbônico (H2CO3). Esta é uma molécula extremamente instável. Quando ela perde um íon de hidrogênio, transforma-se em bicarbonato (HCO3). Quando ela perde o outro íon de hidrogênio, transforma-se em carbonato (CO3). Os hidrogênios livres na água vão deixando a água mais ácida. O carbonato, por sua vez, tende a se ligar novamente com os hidrogênios livres, voltando a ser bicarbonato (ciclo), impedindo a formação de carbonato de cálcio (CaCO3). 

O carbonato de cálcio, por sua vez, é a matéria-prima utilizada por diversos organismos marinhos na calcificação para a formação de conchas, esqueletos, moluscos e corais. A falta de carbonato de cálcio na água também prejudica os organismos que formam os plânctons, e toda cadeia alimentar marinha também é impactada.

Saiba mais:

Avaliação do ciclo de carbono do oceano – Ciência e Clima: https://bit.ly/3MZaPim

PDF Oceanic sinks for atmospheric CO2 – Plant, Cell and Environment: https://bit.ly/3waFtzyAn Updated Synthesis of the Impacts of Ocean Acidification on Marine Biodiversity- UNEP: https://bit.ly/3e3eVn6

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