Lixo ambiental

O serviço meteorológico coordenado pela Organização Meteorológica Mundial (OMN @wmo_omm) e no Brasil representado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET @inmet.oficial), órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (@mapa_brasil), deixa para trás, diariamente, milhares de balões plásticos e lixo eletrônico na natureza. Quem diria que aqueles que analisam as mudanças do clima no planeta causadas por atividade humana, justamente eles, fossem poluidores tão negligentes e deixassem tanto rastro por aí? Pode isso, Ministério do Meio Ambiente (@mmeioambiente)?

Pode até ser que quando toda essa radiossondagem diária para medir a variação de temperatura/umidade/pressão começou, os responsáveis pela iniciativa local-global tenham alegado ser muito caro recuperar os instrumentos usados. Mas não é caro lançar? Não é caro montar o equipamento? Não é caro analisar os dados? Por que só a coleta do lixo seria dispensável? Hoje em dia ninguém tem passe livre para jogar lixo na natureza. É preciso prever nos custos da operação recursos para o resgate e reuso dessas sondas que caem em qualquer lugar, todos os dias. Se não, os responsáveis devem ser responsabilizados e multados pelo descarte incorreto e impacto ao longo de anos.

Só em Santarém, na Amazônia, cerca de 700 dessas sondas caem por ano entre a cidade e a vila de Alter do Chão, principalmente no rio Tapajós. O professor da UFOPA Julio Tota e seus colegas Jackson Rego Matos, Franciane Matos e Eduardo Serique começaram a coletar alguns desses equipamentos. Na universidade, em aula especial, Tota contou que cada uma dessas radiossondas custa cerca de 200 dólares e, infelizmente, mesmo em pleno funcionamento, são usadas uma única vez e “jogadas fora”.

Saiba mais:
Os caçadores da sonda perdida – Instituto Cabana do Tapajó, 04/23: bit.ly/3piCHqn
Weather balloons vital for climate science but pollution they create poses dilemma for BOM – ABC News, 08/2019: bit.ly/3HG8iJ2
Ballon Litter Monitoring and Assessment for the Coastal Environment – Virginia – Longwood University, 07/2018: bit.ly/418SDbZ

1 comentário em “Lixo ambiental”

  1. Vinicius Amorim

    Deixo aqui a sugestão de explicitar a Data dos posts que vocês publicam, assim seria possível situar melhor os eventos.

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