Fogo em Brasília

Em agosto, incêndios criminosos já queimavam grandes áreas da Floresta Nacional de Brasília, destruindo centenas hectares da unidade. Em setembro, Bolsonaro sancionou a redução em 40% da Floresta Nacional (Flona) de Brasília, reduzindo de 9,3 mil hectares para 5,6 mil hectares de conservação. 

Políticos da capital federal “defenderam” a redução da floresta, alegando a necessidade de regularizar moradias de 40 mil pessoas que já haviam invadido o local e estavam vivendo de forma irregular. Ora, não seria melhor a construção de moradia popular em outra área de Brasília, que não na FLONA. Afinal, a capital federal já sofre grave tensão hídrica e também tem baixíssima umidade do ar, precisando cuidar e defender suas áreas verdes.

Não bastasse a destruição da Flona, agora, duas semanas atrás, o Parque Nacional de Brasília também estava em chamas, com diversos focos de incêncio criminosos distintos. Mais de 4.092,75 hectares do parque foram destruídos – quase 10% da área da unidade de conservação, que tem cerca de  42 mil hectares.

O parque apelidado de Água Mineral foi criado pouco tempo depois da inauguração de Brasília, com o objetivo de proteger os rios que abastecem o Distrito Federal. Em 2020, Bolsonaro tentou incluir o parque no programa de parcerias da Presidência da República, com a pretensão de privatizar a unidade. 

Saiba mais:

Bolsonaro sanciona lei que reduz a Flona em 40% para regularizar invasão – Correio Braziliense: https://bit.ly/3dipEQc

Fogo já destruiu 10% do Parque Nacional de Brasília – Correio Braziliense: https://bit.ly/3BLFtrX

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