Antes dos relógios digitais ou até mesmo dos ponteiros, a humanidade já marcava a passagem do tempo com… o ritmo da fluidez da água? Sim, estamos falando das clepsidras (do grego, “klepsydra”), ou relógios d’água. Explicando gota a gota, a clepsidra mede o tempo pela passagem constante de água de um recipiente para outro, como uma ampulheta, mas em versão líquida. O tempo escorre sem parar.
Esse tipo de relógio, usado desde 1400 a.C. no Egito e depois na Grécia e em várias regiões do Oriente Médio e Ásia, mediam intervalos de tempo através de um fluxo constante de água. Assim, era possível saber o passar das horas mesmo em ambientes fechados, como templos ou palácios, onde a luz do sol não chegava.
Naquela época, a vida era guiada por relógios de água durante a noite e relógios solares durante o dia. Sobre o relógio solar falamos outro dia. Hoje, vamos refletir sobre esse relógio e sobre o que é o tempo.
Será que o tempo depende do observador? Essa pergunta pode parecer estranha à primeira vista, mas está ligada a um dos conceitos mais fascinantes da física: a relatividade, desenvolvida por Albert Einstein. O tempo, assim como o fluxo constante de água em uma clepsidra, não escorre do mesmo jeito para todos, mas se molda de acordo com a realidade de cada um.
Dica: para quem está em SP ou Porto Alegre, fica a dica: há clepsidras expostas nos shoppings Iguatemi.
Saiba mais:
Clepsidra – Wikipedia
Diálogos sobre o Tempo – Academia Paraense de Ciências (APC): http://aparaciencias.org/, https://abre.ai/lrCw