Referendo proíbe extração de petróleo na Amazônia equatoriana pela estatal Petroecuador, no Parque Nacional Yasuní, reconhecido pela Unesco como reserva mundial da biosfera. Seis em cada dez equatorianos votaram pela proteção da Amazônia e do povo Yasuní. A Constituição do Equador já reconhece os Direitos da Natureza e a proteção de ecossistemas. Outra consulta popular também deixa proibida a mineração de ouro na floresta Choco Andino, perto de Quito.
Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, disse em entrevista à Folha: “Esperamos que o governo brasileiro mire o exemplo equatoriano e decida fazer a única coisa compatível com um futuro para a humanidade e com a liderança que o Brasil quer ter na luta contra a crise climática: deixar o petróleo da Foz do Amazonas no subsolo e apoiar, quando assumir a presidência do G20, no mês que vem, um pacto global pela eliminação gradual de todos os combustíveis fósseis”.
O grupo Amazon Watch declarou que essa é uma mensagem aos investidores “incluindo os principais bancos dos EUA que a era da extração descontrolada de recursos está chegando ao fim”.
Saiba mais:
“Equador decide interromper exploração de petróleo na Amazônia em referendo” – Folha de S. Paulo, 21/08/23: https://bit.ly/47K9bf7
“Equador diz sim para a vida e não para os combustíveis fósseis” – Sumaúma, 22/08/23: https://bit.ly/45Kca5i
“Equador proíbe exploração de petróleo em parte da Amazônia” – Agência Brasil, 22/08/23: https://bit.ly/45HH8et