A crise hídrica no Brasil e no mundo já vem sendo anunciada por cientistas há décadas. A culpa não é de São Pedro, a responsabilidade pelo desmatamento e pelo aquecimento global amplificado pelo uso de combustíveis fósseis é nossa mesmo.
No Brasil, o desmatamento da Amazônia tem diminuído ano após ano o volume de chuvas levadas pelos rios voadores carregando a umidade produzida pelas árvores da floresta para o resto do país. Só no ano passado, centenas de milhares de hectares de floresta foram derrubados no (1.385.300 ha, o que representa um desmatamento de 24 árvores por segundo) e este ano o cenário está ainda pior. Logo, o volume de água transpirada pelas plantas que não existem mais também deixa de existir.
A emissão de toneladas de Gases de Efeito Estufa/GEE –principalmente pela exploração/uso de petróleo, mas também pelo desmatamento– tem tornado o planeta mais quente. A demanda para diminuição da exploração e uso de combustíveis fósseis é mundial, mas até agora, apesar dos Acordos Climáticos e das promessas dos Grandes Poluidores (setores petrolífero, indústria de automóveis, frete, aviação, madeireira, agronegócio), estamos emitindo cada vez mais CO2. Não existe mágica nem medida de compensação capaz reverter o aumento de emissões, ano após ano.
Os fatores acima aumentam a temperatura do planeta e logo influenciam na dinâmica dos fenômenos naturais La Niña/El Niño. Por consequência, os eventos climáticos extremos estão cada vez mais frequentes.
Soma-se a isso tudo, as falhas da gestão hídrica no país.
- O que podemos fazer?
- Cobrar pelo fim do desmatamento,
- Apoiar povos indígenas;
- Apoiar a iniciativa do Tratado de Não-Proliferação TNP de Combustíveis Fósseis, pois são a principal causa das mudanças climáticas;
- Cobrar cumprimento do Acordo de Paris;
- Responsabilizar juridicamente Grandes Poluidores pelos danos causados e agravados por eles.
Saiba mais:
“Entenda por que está chovendo menos no Brasil e se há risco de nova crise hídrica em SP” – G1, 14/06/21: https://glo.bo/3iHkJsg