Estudo feito pela universidade americana de Harvard e pesquisadores da Unioeste confirma presença de 11 substâncias que comprovadamente causam câncer na água que abastece 127 municípios rurais da região produtora de grãos no oeste do Paraná. Já são 542 casos da doença diagnosticados entre 2017 e 2019 na população e investigação aponta ligação direta com o abastecimento de água envenenada pela Companhia de Saneamento do Paraná/Sanepar: “Achamos uma correlação muito grande em todos os municípios, em especial para o câncer de mama”, explica a pesquisadora Carolina Panis em entrevista à Folha de S. Paulo.
Para definir os limites de contaminação da água usada no abastecimento humano, a União Europeia permite no máximo 0,5 partes por bilhão (ppb) de contaminante. Nesta região do Paraná, a soma de contaminantes presentes na água chega a 189,84 ppb. A lei brasileira, ainda atrasada, não estabelece um limite geral de contaminação da água.
Sabe-se que não existem níveis seguros para consumo diário de veneno, mas deputados e senadores da bancada ruralista no Congresso defendem interesses dos fabricantes de agrotóxicos e vem aprovando a liberação recorde de venenos. Como consequência dessas votações combinadas pela bancada ruralista/centrão, a população tem tido a saúde e a família ameaçada, um risco claro à vida dos brasileiros.
Saiba mais:
Estudo aponta ligação entre 542 casos de câncer e água com agrotóxicos no PR – Folha de S. Paulo, 2022: https://bit.ly/3AjH72a
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