Ultrapassamos 660 mil mortes por Covid-19 no país. Embora a pandemia esteja mais controlada no Brasil graças à vacinação, pessoas não-vacinadas e que não tomaram a dose de 2022 podem provocar ondas da doença e gerar novas variantes do vírus como as que já estão aparecendo por aí: BA.1.1, XE e o surto em Xangai.
Mesmo assim, o Ministério da Saúde já estuda reclassificar a pandemia como endemia no Brasil, ou seja, classificando o Sars-Cov-2 como um vírus de ciclo regular estabelecido, que faz parte do dia a dia em algumas localidades, sem provocar um colapso no sistema de saúde do país. Se por um lado essa discussão ganha fôlego porque a vacinação garantiu uma redução de casos graves e fatais, por outro a mudança de classificação pode ser precipitada.
O doutor em microbiologia Atila Iamarino pede atenção para não cair na tentação de esconder o problema. Ele explica que o vírus ainda não é previsível, a testagem ainda é falha, a regularidade da doença ainda não está estabelecida de maneira clara (por exemplo, acontece no inverno) e a maior parte da população ainda não tomou a dose de 2022, que é necessária porque a imunidade da vacina diminui com o tempo.
Mesmo assim, muitos já estão deixando de adotar medidas de prevenção, participando de aglomerações e isso tudo pode potencializar a circulação do vírus gerando variantes. Não dê chance para o pior: continue usando máscara até que a situação realmente esteja tranquila.
Saiba mais:
A pandemia já virou endemia? – Atila Iamarino: https://youtu.be/6RYPO_E2lLE