GEOENGENHARIA – A geoengenharia é uma falsa e perigosa resposta à crise climática promovida por governos e corporações que promovem esquemas hipotéticos de intervenção humana em larga escala nos oceanos, solos e atmosfera da Terra, com o suposto objetivo de “reduzir as mudanças climáticas”. Com base na especulação e na manipulação do conhecimento científico, promovem “soluções” que se tornarão um grande negócio.
Não há evidências de que essas propostas sejam eficazes para lidar com as mudanças climáticas, mas há uma grande preocupação com os efeitos potencialmente devastadores e maciços que teriam sobre o clima, a natureza e os meios de subsistência, o que aumentará desproporcionalmente os impactos -muitos irreversíveis- sobre a planeta e comunidades locais, particularmente no Sul global.
A geoengenharia se propõe a enfrentar os sintomas das mudanças climáticas, mas ignora suas causas estruturais e abre a possibilidade de que a extração e o consumo de combustíveis fósseis possam continuar dando a entender que a humanidade em breve desenvolverá a tecnologia para evitar e reverter o colapso climático.
Essas tecnologias têm sido tão polêmicas que desde 2020 há uma moratória na Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica, que tem sido repetidamente violada, com projetos de gerenciamento de radiação solar com injeção de aerossóis na estratosfera, projetos de branqueamento de nuvens, tiros de canhão para o céu para dissipar a chuva, ou a disseminação de microesferas de vidro sobre o mar e superfícies congeladas no Alasca.
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