Crise hídrica e energética: consequências do desmatamento

Com recordes em desmatamento por dois anos seguidos, não é surpresa que tenhamos menos chuvas. A floresta amazônica envia chuvas para toda região Centro-Oeste e Sudeste do país, através dos rios voadores. Como consequência, o mês de maio em São Paulo teve 48% menos chuvas que a média histórica, um déficit severo e que aciona o alerta de especialistas.

[CRISE HÍDRICA] Antigamente, no período pós-chuva, o sistema Cantareira ficava carregado para aguentar os meses de estiagem. O cenário agora é preocupante, com 9% menos água que em 2013, um ano antes da crise hídrica que quase parou o estado. Mesmo assim, a Sabesp aposta em chuvas no segundo semestre, o que segundo especialistas é uma aposta furada: a previsão é que tenhamos um segundo semestre ainda mais seco.

[CRISE ENERGÉTICA] O risco de crise energética também bate à porta. Apesar do governo negar o risco de apagão e racionamento de luz, medidas para mais importação de energia da Argentina e do Uruguai já estão na mesa, além de incentivo para que as pessoas usem equipamentos elétricos (como chuveiros e máquinas de lavar) depois das 8h da noite. Para o atual ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, chega a hora do país diversificar a matriz energética –que é 64% hidráulica– e crescer as usinas de energia eólica e solar –que atualmente representam 14% da matriz.

Saiba mais:

“Desmatamento na Amazônia afeta abastecimento de água em mananciais de São Paulo”- G1, 22/04/21: https://glo.bo/3fTIs73
“Maio termina com déficit de chuvas em todos os mananciais que abastecem a Grande SP; média de chuva do Cantareira caiu 48%” – G1, 01/06/21: https://glo.bo/3pk7GhY
“Risco de crise energética pode ter efeitos políticos, apontam analistas”- Exame, 04/06/21: https://bit.ly/3clhUcF

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