Privatização não resolve a falta de saneamento básico

O relatório “A África Deve se Levantar & Resistir à Privatização da Água”, elaborado pela Corporate Accountability e Participação Pública África (CAPPA), expõe as crescentes ameaças de privatização no continente africano, sob o cerco de corporações multinacionais e de instituições financeiras como o Banco Mundial e o FMI.  Detalha a ameaça aos direitos humanos e apresenta os casos de falhas de privatização na Europa, Estados Unidos e América Latina, como advertência para os governos africanos. 

“Não há dúvida de que os sistemas hídricos em todo o mundo precisam de investimentos robustos. A privatização é muitas vezes apresentada como uma forma de trazer esses fundos tão necessários. No entanto, a pesquisa mostra que a força motriz por trás do investimento em infraestrutura hídrica nas últimas décadas tem sido o financiamento público dedicado, não os acordos de privatização. 

O Relator Especial das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos à Água Potável e ao Saneamento Básico descobriu que “em vez de trazer dinheiro novo, as empresas competem com os operadores públicos pelo financiamento público”.  O operador privado não investe em infraestrutura, pelo contrário, deixa de fazer manutenção e não faz projetos de ampliação de redes.

O relatório deixa evidente a grande trapaça das multinacionais do setor da água, como Suez, Veolia, Coca-cola, que disputam a água dos países mais pobres não para beneficiar a população, mas para dominar este recurso estratégico quando o mundo enfrenta a crise climática e hídrica.

Saiba mais:

PDF Africa Must Rise and Resist Water Privatisation:  https://bit.ly/3bLWszZ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *