Vales fluviais

Imagine o vale como um rio que esculpiu seu próprio caminho na terra ao longo de milhões de anos. Os vales foram formados por um processo natural da ação da água sobre o solo. Eles sempre foram essenciais para o desenvolvimento das civilizações. Muitas das primeiras aldeias se estabeleceram às margens de rios, em vales férteis. Esses vales fornecem água para as cidades, irrigam as plantações e abrigam uma rica biodiversidade de plantas e animais.

Os vales fluviais, aqueles formados por rios, geralmente têm a forma em V porque a água do rio desgasta o solo mais profundamente no centro do vale. Normalmente, eles têm duas cristas opostas, que são as partes mais altas. As vertentes são como as “paredes”, descem da crista até o fundo do vale, onde fica o rio. O rio segue o talvegue, que é o ponto mais baixo do vale, e as margens são rodeadas por áreas de várzea, que podem ser inundadas em períodos de cheia. Além disso, os rios costumam formar meandros (aquelas curvas bem acentuadas), que mudam de acordo com o volume de água e do processo contínuo de erosão e deposição das margens.

No livro “Geomorfologia Fluvial”, de Antonio Christofoletti (1981), o geógrafo e professor explica o aprofundamento do talvegue a partir da dinâmica do canal fluvial, do fluxo de água e da carga existente. Também fala sobre o alargamento das vertentes devido à atuação de processos de erosão lateral, escoamento das águas da chuva e formação de ravinas. O aumento da extensão do vale pode ocorrer por processos de erosão, aumento das curvas dos meandros e prolongamento das desembocaduras de um rio.

Saiba mais:

Bacias hidrográficas – UFSCAR: https://bit.ly/3fct0RF

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *