No ano passado, o agronegócio importou 41,6 milhões de toneladas de fertilizantes e adubos químicos. Tudo pago em dólar, que teve forte alta em 2021 com a instabilidade política no país.
O crescimento na importação de um ano para o outro foi de 21% e isso impactou negativamente também a balança comercial do país. Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná são os estados que mais consomem.
A dependência das monoculturas de fornecedores estrangeiros, tanto na compra de sementes patenteadas quanto de insumos químicos, revela que o modelo de negócio do agro é insustentável até economicamente.
“A agricultura convencional está com os dias contatos”, explicou o produtor rural e engenheiro agrônomo Rogério Vian –presidente do Grupo Associados de Agricultura Sustentável (GAAS)– em palestra dada em Santarém/PA ao lado do agricultor sintrópico e pesquisador suíço Ernst Gotsch e do cientista Antonio Nobre, em 2019. “É um absurdo um país como nosso, que é um dos maiores produtores agrícolas do mundo, ser dependente de um produto que 84% é importado (NPK)”.
Ele continuou: “Quem é produtor sabe onde está o custo hoje. Literalmente, os produtores estão quebrados e não sabem. Está errado, o sistema realmente é predador, que não deixa você ficar livre.”
Saiba mais:
Importações de fertilizantes aumentam 21% em 2021 e somam mais de 41 milhões de toneladas – Comex do Brasil: https://bit.ly/3grHIoQ
Rogério Vian: “Agricultura sustentável é um movimento sem volta” – Feira Bio Brazil: https://bit.ly/3omoLs4