Qual o efeito da fumaça e da fuligem na taxa de fotossíntese, respiração e transpiração das plantas? Estudo publicado na Geophysical Research Letters comprovou que, quando o ar está cheio de fuligem de incêndios florestais, há uma diminuição significativa na troca gasosa entre as folhas e atmosfera.
As plantas realizam a troca de gases por meio de estruturas chamadas estômatos, pequenos poros presentes em abundância na face inferior (abaxial) das folhas. Essas estruturas são essenciais para a fotossíntese, respiração e transpiração, regulando a entrada e saída de gases e vapor de água, o que é vital para a sobrevivência e funcionamento das plantas. Muito semelhantes a bocas, os estômatos possuem células que formam uma espécie de lábio ao redor de um poro central. Esses “lábios” são chamados de células-guarda, que se abrem e fecham. Quando abertos, o poro interior chamado ostíolo permite a troca gasosa. Na fotossíntese, os estômatos permitem a entrada de CO₂ e a liberação de O₂. Na respiração, ocorre o inverso: liberam CO₂ e absorvem O₂. Já na transpiração, permitem que a planta libere água em forma de vapor.
O estudo revelou que, durante a exposição à fumaça, as plantas fecham os estômatos, ou seja, “prendem” o ar. Para agravar a situação, fumaças viajam longas distâncias. Com a interação com outros gases atmosféricos, a síntese dessa interação gera gases que podem degradar a superfície das folhas e oxidar o tecido vegetal.
Saiba mais:
Wildfire Smoke Directly Changes Biogenic Volatile Organic Emissions and Photosynthesis of Ponderosa Pines – Geophysical Research LettersVolume 51, Issue 6: https://doi.org/10.1029/2023GL106667