A desinformação das indústrias do petróleo e do tabalho é igual

Nicotina vicia, fumar faz mal à saúde, e a indústria do tabaco sempre soube disso. Nos anos 90, vazamentos de documentos internos de fabricantes causaram indignação popular nos Estados Unidos. Eles sabiam de todo o mal que estavam causando. Estados exigiram compensações. Pressionada, a indústria fez um acordo, estabelecendo uma série de regras para a comercialização do produto. Graças a isso, hoje sabemos claramente o mal que o cigarro faz. Que este caso sirva de exemplo para a indústria do petróleo e, juntos, exijamos justiça.

Caso do Tabaco

A conscientização da opinião pública foi peça-chave para essa reviravolta na indústria do tabaco. Em 1994, vazou o primeiro documento interno de uma fabricante de cigarros, revelando que altos executivos tinham estudos sobre os danos que seus produtos estavam causando à saúde pública. O caso se tornou manchete nos EUA, e a indignação pública encorajou vazamentos de outros estudos. Sete empresas de tabaco tentaram apelar dizendo que não tinham conhecimento de tamanho problema, mas ficou claro que estavam mentindo. Foi aberta uma ação coletiva contra a indústria, e os procuradores-gerais do estado começaram a processar a indústria. Em 1998, no ano do “Acordo Principal de Compensação”, 46 estados americanos haviam entrado com ações judiciais contra as grandes empresas de tabaco. O “Master Settlement Agreement” é o maior acordo geral de litígio civil da história dos EUA e resultou em restrições à comercialização de tabaco, compensação aos estados e a liberação de vários documentos internos que são acessíveis ao público.

A indústria do petróleo sabe dos danos que causa ao planeta. O caso do tabaco estabelece precedentes. Hoje, precisamos da divulgação pública de estudos internos da indústria de combustíveis fósseis. Dar visibilidade aos crimes da Indústria do Petróleo é fundamental para mudar o ambiente público e construir a vontade política necessária para promover a justiça climática globalmente.

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