Crise humanitária na TI Yanomami

[CRISE HUMANITÁRIA NA TI YANOMAMI] Foram 4 anos de sofrimento e 60 pedidos de ajuda enviados ao governo Bolsonaro mas ignorados, segundo presidente do conselho distrital de saúde indígena Yanomami. “Muitas crianças morreram de malária e de desnutrição. A gente não recebia resposta do governo. A morte é marca do governo Bolsonaro.” No período, 570 crianças Yanomami morreram. A maioria das mortes foi por desnutrição, pneumonia e diarreia, que são doenças evitáveis. 

Na semana passada, mais de 1000 Yanomami foram resgatados em estado grave de saúde com quadros de desnutrição grave com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo Saúde Indígena (Sesai).

Em novembro do ano passado, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal realizaram uma operação contra uma fraude na compra de remédios que deveriam ter sido enviados para o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y). O esquema deixou 10 mil crianças sem medicamentos. 

Em dezembro de 2021, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara convocou o então Ministro da Justiça, Anderson Torres, e o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para esclarecerem a desnutrição e falta de medicamentos e de atendimento médico a crianças indígenas na Reserva Yanomami. Também pediu ao Chefe da Secretaria-geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, para esclarecer pagamentos de 75 milhões de reais para empresas de aviação ligadas ao garimpo ilegal.

A TI Yanomami é casa para cerca de 30 mil indígenas. Durante o governo Bolsonaro, a reserva sofreu uma invasão de 20 mil garimpeiros e crime organizado. 

Saiba mais: 

Líder Yanomami diz ter enviado cerca de 60 pedidos de ajuda ao governo Bolsonaro e não obteve resposta – Estudio I: http://glo.bo/3XWRVgOMais de mil indígenas Yanomami em estado grave foram resgatados nos últimos dias, diz secretário – G1: http://glo.bo/3Wv39bq

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