Alô, Defesa Civil! Cadê o mapeamento e prevenção de riscos?

Centenas de pessoas morreram por causa das chuvas nos últimos anos, milhares ficaram desabrigadas em todo país. Os eventos extremos causados pelas mudanças climáticas vieram para ficar e todas as esferas do governo precisam atuar juntas. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério do Desenvolvimento Regional, deve garantir a gestão de riscos e desastres e tornar o programa de Prevenção e Preparação para Desastres mais condizente para os tempos atuais, promovendo uma resposta rápida e decente. 

No último fim de semana, foram emitidos alertas para fortes chuvas no estado de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em SP, o temporal atingiu 11 cidades, provocou 24 mortes e deixou 500 pessoas desalojadas do dia para a noite. O Vale do Aço, em Minas, já está com alerta amarelo para temporal previsto de amanhã até sexta-feira e, semanas atrás, as chuvas já deixaram 377 cidades em situação de emergência e mais de 52 mil desabrigados e desalojados. No começo do mês, 1200 pessoas ficaram desalojadas no Rio de Janeiro. No fim do ano, 200 mil pessoas perderam suas casas na Bahia.

Não podemos normalizar o que está acontecendo. É urgente a elaboração de um mapeamento de áreas mais vulneráveis do país –como rios assoreados, ocupação de áreas impróprias para moradia, falhas no planejamento urbano, sistema de drenagem insuficiente–, com liberação de investimento emergencial em infraestrutura de adaptação climática para prevenir desastres. 

Saiba mais:

Investimentos do governo em Defesa Civil caem 43% em 2021 – Carta Capital: https://bit.ly/34O9s4A

As causas pouco lembradas das inundações – FAPESP/USP: https://bit.ly/3s9WFShEventos climáticos extremos assolam o país – EcoDebate: https://bit.ly/3ocD1DM

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