Na cosmologia guarani, um mensageiro de Tupã presenteou um velho guerreiro indígena com uma planta de erva-mate (𝐼𝑙𝑒𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑔𝑢𝑎𝑟𝑖𝑒𝑛𝑠𝑖𝑠), ensinando ele e sua filha Yaríi a secar as folhas, moê-las em pó e preparar uma infusão que garantiria força e vigor.
Hoje, a ciência comprova as propriedades benéficas dessa planta. Ela contém cafeína, vitaminas e sais minerais, estimulando as atividades físicas e mentais, além de ajudar a reduzir o colesterol.
A erva-mate pertence à família das Aquifoliaceae, que inclui árvores e arbustos famosos por suas folhas duras e frutos vibrantes, atraentes para aves e animais que ajudam na dispersão das sementes. Pode atingir até doze metros de altura, mas, para facilitar a colheita dos ramos, a planta é podada para não passar de três metros. Seu caule é cinza, suas folhas são ovais, e seus frutos podem ser pequenos e verdes ou vermelho-arroxeados. A erva-mate é encontrada em viveiros que produzem mudas de variedades selecionadas.
No século 16, o mate se espalhou entre os colonizadores do sul do Brasil. Inicialmente, os jesuítas a chamavam de “erva do diabo”, mas logo passaram a consumir a bebida também. No século 19, a demanda internacional fez o sul do Brasil se tornar um grande produtor e consumidor de mate. No Rio Grande do Sul e no Paraná, a erva-mate é considerada um símbolo estadual.
Originária da região subtropical da América do Sul, o chá de erva-mate é consumido no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Bolívia e no Chile.
Saiba mais:
𝐼𝑙𝑒𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑔𝑢𝑎𝑟𝑖𝑒𝑛𝑠𝑖𝑠 – Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/FB4904)
𝐼𝑙𝑒𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑔𝑢𝑎𝑟𝑖𝑒𝑛𝑠𝑖𝑠 – Flora Digital UFSC: https://bit.ly/3tY7Hce