Mariana

O maior processo coletivo de todos os tempos! Em novembro, completa 8 anos que 700 mil brasileiros viram suas vidas destruídas pelo crime da Samarco, uma joint venture entre as duas maiores mineradoras do mundo. No dia do rompimento da barragem, 19 pessoas morreram, as comunidades rurais de Bento Rodrigues e Paracatu foram inteiramente destruídas pela onda de rejeitos. Na sequência dezenas de cidades mineiras e capixabas na bacia do Rio Doce sofreram e vem sofrendo os impactos até hoje com o despejo de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de ferro.

Aqui no Brasil, a anglo-australiana BHP e a brasileira Vale estão levando a justiça em passos lentos, tentando desde julho do ano passado definir uma prescrição (período de 13 meses) para pedidos de indenização. Para termos ideia, só em 2018, três anos após o rompimento, elas firmaram os primeiros acordos de indenizações individuais.

Enquanto isso, na Inglaterra, o advogado inglês Thomas Goodhead também abriu um processo contra as mineradoras e pede indenização de US$ 44 bilhões, cerca de R$ 215 bilhões.. Seu escritório está em defesa das vítimas, das comunidades quilombolas e indígenas —krenak, guarani, tupiniquim e pataxó–, das pequenas empresas e de municípios atingidos.

Amanhã, haverá uma audiência entre a BHB e a Vale. Em entrevista à Folha, Goodhead falou que as duas gigantes estão lutando entre si no tribunal de Londres. “A BHP tem falado “olha, se nós somos culpados, a Vale também é culpada, e a Vale deveria pagar 50% da conta”. E a Vale diz que não quer ir ao tribunal na Inglaterra, dizendo que ali não é o lugar certo para ser determinada a responsabilidade.”

As duas tem responsabilidade e devem responder em todos os tribunais, no Brasil e fora. Que acompanhemos atentos e façamos pressão por justiça.

Saiba mais:
Desastre de Mariana desemboca no maior processo de todos os tempos – Folha de S. Paulo: https://bit.ly/3rj6Yq6

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